local
Guarapiranga, São Paulo – SP
linha do tempo
1989 – Negociação
1990 – Readequação do projeto existente
1991 a 1998 – Construção
agente organizador
Associações Pró-Moradia Zona Sul; dos Moradores do Jardim Comercial e Adjacências; Por Moradia do Jardim das Palmas e Pró-Moradia Parque Fernanda
agente financiador
Prefeitura de São Paulo, através do Programa Funaps Comunitário
atividades desenvolvidas pela usina
Assessoria para a constituição da associação
Assessoria na discussão do sistema construtivo e nas reformulações de projeto
Apoio no encaminhamento dos processos de financiamento junto à Prefeitura de São Paulo
Organização das atividades de canteiro e gestão da obra
Acompanhamento e fiscalização da obra de construção em mutirão e por autogestão
escopo do projeto
Reformulação do projeto de arquitetura e urbanismo para implantação de 20 edifícios de cinco e seis pavimentos, salão comunitário, sede das associações e uma creche
equipe
Arquitetura: João Marcos de A. Lopes, Mario Luís Braga, Wagner Germano
Obra: Mauro Resnitsky, Maura Ataíde, Mario Luís Braga
Estrutura: Yopanan Rabello
Trabalho Social: Sandra Sawaia (psicóloga social)
Apoio Jurídico: Evangelina Pinho
Informática: Sérgio Roberto Mancini (arquiteto)
principais interlocutores
Reginaldo Ronconi, Maria Inês, Jorge Ereda (Habi), José Pereira de Souza (Associação Pró-Moradia Zona Sul)
tipo de canteiro
Mutirão autogerido com trabalhadores assalariados de apoio
técnicas construtivas
Alvenaria autoportante com laje-painel pré-moldada
famílias
408
A Usina foi procurada pelos representantes de 408 famílias, integrantes de quatro associações de moradia na zona sul da cidade de São Paulo, que decidiram construir suas casas através do trabalho em mutirão e autogestão.
Os projetos de arquitetura e urbanismo já existiam e precisavam ser readequados às novas demandas dos futuros moradores. Além de novos espaços e equipamentos comunitários, era fundamental a adaptação da tecnologia construtiva ao sistema de mutirão que exigia o menor emprego de mão-de-obra especializada possível.
Naquela época, os mutirões representavam uma forma completamente nova de construir, e a cada experiência ia-se comprovando sua capacidade de executar tarefas antes atribuídas exclusivamente aos especialistas técnicos. No Cazuza [ver p. XX], por exemplo, o mutirão subiu prédios. Aqui no Talara assumiu a execução das fundações, depois de inúmeros erros nas primeiras estacas feitas por uma empreiteira.
O Conjunto Talara (nome de uma das ruas que dá acesso a área) conta hoje com 20 edifícios de 5 e 6 andares, salão comunitário, sede das associações e uma creche.