nome do projeto
Urbanização da Favela Senhor dos Passos
local
Belo Horizonte – MG
linha do tempo
1993 – Negociações
1994 – Projeto
1997 – Construção
agente organizador
Projeto Alvorada e Prefeitura de Belo Horizonte - Urbel
agente financiador
Projeto e Construção: Projeto Alvorada e Prefeitura de Belo Horizonte - Urbel
atividades desenvolvidas pela usina
Assessoria na discussão e elaboração dos projetos com o Projeto Alvorada
escopo do projeto
Projeto de arquitetura, urbanismo e infraestrutura para urbanização da favela e relocação das famílias em 6 edifícios
equipe
Arquitetura e Urbanismo: João Marcos de A. Lopes, José Corrêa do Prado Neto, Mario Luís Braga, Wagner Germano
Obra: João Marcos de A. Lopes, Mario Luís Braga
Fundações e Estrutura: Yopanan Rabello
Apoio Jurídico: Evangelina Pinho
Informática: Sérgio Roberto Mancini (arquiteto)
principais interlocutores
Mônica Bedê (Urbel) e Lucia Cavendish (Projeto Alvorada)
tipo de canteiro
Obra com empreiteira contratada pela Urbel
técnicas construtivas
Estrutura metálica com vedação em alvenaria de blocos cerâmicos e laje pré-moldada (laje-painel)
famílias
24
Em 1993, a Usina foi chamada pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) para projetar a urbanização da Favela de Senhor dos Passos. Dois desafios foram colocados de antemão: a resistência das famílias em serem relocadas – o que implicava em maior adensamento dos lotes em área de topografia muito íngreme –, e o financiamento que previa habitações de no máximo 20m².
Àquela época, o valor do real estava equiparado ao valor do dólar, que por sua vez regulava o preço do aço – material cuja produção se dava em Minas Gerais. Inspirados em alguns edifícios realizados por cooperativas uruguaias, recém-visitados pelos integrantes da Usina, surgiu a primeira proposta de utilização da estrutura metálica.
A Urbel entregaria a estrutura completa do edifício e 20 m² construídos de cada unidade habitacional. Ficaria sob responsabilidade de cada família a ampliação dessa unidade para 40 m², prevista em projeto. Essa solução foi inovadora, mas não chegou a ser adotada novamente pela Usina.
O projeto incluía a implantação de 32 prédios de até 4 andares (ver implantação), mas acabou não sendo executado como previsto: a Urbel aproveitou o projeto arquitetônico dos edifícios, construindo somente 6 unidades fora da área proposta originalmente, e sem acompanhamento da assessoria.
A maior contribuição desse trabalho, elaborado quase concomitantemente ao Conjunto Zilah Sposito, foi a experiência pioneira com a estrutura metálica em projetos de habitação de interesse social. Sua utilização amadureceria em trabalhos posteriores, como o mutirão Paulo Freire e os projetos – não realizados – para os conjuntos Vila Simone e Quilombo dos Palmares.